quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Fantasmas Para Matar

                   

domingo, 21 de fevereiro de 2010

PRIMEIRA AMINÉSIA



In The Rainbows



1

“Tenho dúvidas
Quanto as suas verdades!
Porque, verdade,
Tenho certeza
Quanto as suas dúvidas!”



2

Amada Fala


Me fala
alma amada...
Fala-me alma,
a amada fala:
- Amada!



3

Desejo-te


Filete tênue enlaça...
Nada!
Sibila ao ar seguro...
Voa!

Circula a si mesma...
Feita!
Fugida do seu peito...
Linda!

Fulgura todo o dia...
Morna!
Aflora minha vida...
Cheia!

Aferro e desejo...
Sorte!
Acorde-me o estar...
Tenra!



4


Texto 'sonoro'
Complicado

Psicótica agonia da improbabilidade respectiva a doutrina criada pela minha própria mente instalada em meu tênue equilíbrio. Palavras jogadas e disfarçadas em cada lábia salivada de merecido atrevido. Ritmada e matada a se dada forma do causado caos mental e proposital fortalecido nisso. Difícil de ler sem ter que crer que nisso seria maldosamente interferente com sentido ambíguo. Queria eu poder te dizer das vírgulas se nelas eu tivesse visto sentido. A vida também é desta mesma maneira quando se conversa e se dá mesmo significado pra isso e pra aquilo.



5


Sem Azas


Onde posso voar sem azas
Além dos sonhos meus?
Além das minhas palavras
Onde posso meu Deus?
Onde posso ser melhor
Além das minhas idéias?
Além do meu pior
Onde não tem platéias?
Onde posso sumir de vez
Além dos meus olhos?
Além dos olhares
Onde?

Posso ser feliz agora
Longe da sua escola?
Longe da flor que flora
Posso ser feliz?
Posso te ter amando
Longe de sua voz?
Longe do seu âmago
Posso te ter?
Onde posso sumir de vez
Além dos meus olhos?
Além dos olhares
Onde?

Por que você não some?
Causa da dor que pena.
Por que não se esconde
Longe da minha antena...?
Capto-te, suave e quieto No meu canto terno.
Capto-te, daqui sozinho No meu canto rindo.
Onde posso sumir de vez
Além dos nossos olhos
Além dos olhares
Onde!


6

Passagem

O menino cria caso com a existência e resolve nascer.
O menino chora assim que a luz o atinge a pele.
E apela para o berro e o abraço.
E nem sabia que aquele berro seria pra sempre.

O menino cresce um pouco e mais um pouco quer.
O menino acha que tudo passa bem além da conta.
E apela para o sorriso e o abraço.
E nem sabia que aquele sorriso seria pra sempre.

O menino então dança na corda da vida e brinca.
O menino acredita estar com todos, junto estaria.
E apela para a fala e o abraço.
E nem sabia que aquela fala seria pra sempre.

O menino inventa seu mundo pros pais o notarem.
O menino aprende e espalha sua dúvidas inocentes.
E apela para o ouvido e o abraço.
E nem sabia que aqueles sons seriam pra sempre

O menino se junta às loucuras e descobre a dos outros.
O menino entende que todos estão loucos e sorri.
E apela para a astúcia e o abraço.
E nem sabia que aquela habilidade seria pra sempre.

O menino cresce ainda mais e se depara com a idade.
O menino então ri de si mesmo e obedece o Tempo.
E apela para o berro, novamente, como há tempos,
Não pararia de crescer?
E por suar os anos inteiros parou de sorrir...


O jovem despertou e quis voltar para os sonhos.
O jovem dormia e percebia que a tempos vivia,
E apela para a rebeldia e o embaraço.
E nem mesmo sabia que aquela revolta seria pra sempre.

O jovem falava de si mesmo como um Cowboy.
O jovem nem mesmo gostava de vacas,
E apela para a mentira e o embaraço.
E nem mesmo sabia que aquela inverdade seria para sempre.

O jovem vê o Amor e o Ódio duelarem pelas almas
O jovem quer ser, mesmo sem saber o quê, pra esquecer,
E apela para a ideologia e o embaraço.
E nem mesmo sabia que aquela idéia seria para sempre.

O jovem chora todo dia por lembrar-se de sonhar só à noite.
O jovem quer mesmo ser mais homem, é verdade,
E apela para o sonho e o embaraço.
E nem mesmo sabia que aquele sonho seria pra sempre.

O jovem fazia tudo pra agradar e desagradava mesmo assim
O jovem nem cogitava mudar de partido pelo seu bem,
E apelava para o discurso e o embaraço.
E nem mesmo sabia que aquelas palavras seriam pra sempre.

O jovem se lembrava da morte em vida.
O jovem mesmo assim não acreditava ou queria,
E apelava para a tristeza e o embaraço.
E nem mesmo sabia que aquela tristeza seria pra sempre.

O jovem então pára de chorar e morre para o homem.
O jovem então está maduro e cai da árvore do mundo para o chão.
E apela para o berro, novamente, como há tempos,
Não pararia de crescer?
E por parar de sorrir começou a caminhar além da mata...


O homem então balança a cabeça como num despertar.
O homem fala de si mesmo para os animais a gargalhar.
E apela para o desdém e o medo.
E nem queria saber que aquele relaxo seria pra sempre.

O homem esconde seu amor e ódio no coração.
O homem rasteja entre os becos como um bicho do mato.
E apela para a covardia e o medo.
E nem queria saber que aquela desonra seria pra sempre.

O homem não se perdoa e por isso se maltrata.
O homem não assume suas saudades infantis.
E apela para o segredo e o medo.
E nem queria saber que aquele mistério seria pra sempre.

O homem planta e escreve sobre seus desastres.
O homem viaja e reflete a sujeira de sua mente.
E apela para o dinheiro e o medo.
E nem queria saber que aquele relativo valor seria pra sempre.

O homem se multiplica em miúdos e se une.
O homem espalha sua semente e mente para valorizar.
E apela para a graça e o medo.
E nem queria saber que aquela farsa seria para sempre.

O homem então pensa de verdade e reage.
O homem vai com suas penas pelo céu de tempestades.
E apela para a magia e o medo.
E nem queria saber, aquele encanto seria pra sempre.

O homem descobre estar doente como sua casa.
O homem descobre que tudo está adoecendo por causa dele.
E apela para a filantropia e o medo.
E nem queria saber que aquela bondade seria pra sempre.

O homem então se percebe melhor em fim.
O homem alcança realmente o homem que esperava ser.
E apela para o berro, novamente, como há tempos,
Não pararia de crescer?
E caminhando além da mata do desconhecido passou a conhecer...


O velho então sorriu pra todos e disse atrapalhado:
“O velho está morrendo desde que nasceu meu caro!”
E apela para a chacota e a sabedoria.
E nem mesmo desconfiava que, aquela gozação, seria pra sempre.

O velho canta com os pássaros e brinca com os cães.
O velho inveja os gatos e gosta dos porcos.
E apela para o contato e a sabedoria.
E nem mesmo desconfiava que, aquela curiosidade, seria pra sempre.

O velho volta a dormir para aliviar os músculos e sonha.
O velho cria outros mundos como criança e gosta.
E apela para a senilidade e a sabedoria.
E nem mesmo desconfiava que, aquela loucura, seria pra sempre.

O velho jura para todos que viveu bem apesar dos pesares.
O velho se livra do Amor e do Ódio e atua pra tudo.
E apela para a particularidade e a sabedoria.
E nem mesmo desconfiava que, aquela distinção, seria pra sempre.

O velho vive tudo de novo, e tudo de novo pensa.
O velho volta pra floresta da ignorância diante das novidades.
E apela para a experiência e a sabedoria.
E nem mesmo desconfiava que, aquela lenda, seria pra sempre.

O velho chega junto, mas ausente de idéias foge.
O velho não se entende mais e surta com as improbabilidades.
E apela para a calma e a sabedoria.
E nem mesmo desconfiava que, aquela serenidade, seria pra sempre.

O velho inverte seus princípios e torna a dormir intensamente.
O velho já não quer acordar porque nada mais entende...
E apela para a veracidade e a sabedoria.
E nem mesmo desconfiava que, aquele veredicto, seria para sempre.

O velho já começa desconfiar de alguma coisa e resolve não acordar.
O velho já era criança outra vez e queria pra terra voltar.
E apela para a epifania e a sabedoria.
E nem mesmo desconfiava que, aquela sensação, seria pra sempre.

O velho então entende que de repente agente entende.
O velho se mete em nada por nada ter sido quando gente.
E apela para o berro, novamente, como há tempos,
Não pararia de crescer?
E passou a conhecer o que estava a ser antes e depois da passagem.




7



Cantiga de Amor - Lívia


“Moro em peito, Lívia”

Dor latente sentinela
Onde sempre nela espera
Fim d’angústia toda via?

“Moro em peito, Lívia”

Dor amarga solitária
Onde vaia tal enfada
Fim da calma que vivia?

“Moro em peito, Lívia”

Dor carente de abraço
Onde cabe meu afago
Onde finda nostalgia?

“Moro em peito, Lívia”

Dor que logo vai, em beijo
Onde durmo de desejo 
Fim das aspas da cantiga!


Suzo Bianco


Obs.: Graças ao fracaço do editor de postagens deste blog, alguns poemas podem apresentar erros de fonte e estrofe.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

??????

                  
                    
                       
O Iluminador por trás do Sol
Veio à Lua prata seu dourado
Estrela Sua nos intentos...?
Reto baixo vê encima o Tal
Entôo Seu, sou bem grato
Instante dos elementos...?

 
 
 
           
s.b
 
   
           

"Como o 'mal' existe para evidenciar o 'bem',
Com o charme do erro a perfeição nos vem."

s.b
                                  


 e       n       i       g       m       a      




s.b

"? ilusão a desenhar comO"


        



s.b

Ilustração encontrada sob armário do Sr. Rumpel. Junto de enigma...



"Fluindo, suave, à calma mais clara."
"Ao cor. flora a fada iluminada fala..."


F.F.



s.b

???

      
        
        


"Quando
estes
meus
déjà vus déjà vus déjà vus déjà vus déjà vus déjà vus déjà vus déjà vus déjà vus déjà vus déjà vus déjà vus déjà vus déjà vus déjà vus déjà vus déjà vus
irão
parar?"

"Acho
que
disse
isso
umas
1000
vezes..."

Iustrações sobre A Torre Negra

                 



????????????????????????????????????????????????????


                                    










                          

Foto de mim mesmo

                 
        


Suzo Bianco-20/02/2010

Três de muitas criaturas quase vivas do meu quarto!

O Palhaço Mudo
( Biscuit/O fiz em 2006/7)


"Me desculpem, realmente, a falta de qualidade de algumas fotografias, a máquina não ajuda..."




O Duende Falso
(Biscuit/2007)


Tear Eyes
(Pano / 2009)

Suzo Bianco

Desenho em carvão encontrado sujo na caixa do Senhor Rumpelstiltskin

      

   

"Yongin/Oldwalkman"





"- Siga mil passos a frente do nariz até um rosto nas pedras perceber. Entre na cara petrificada e encare seu destino. Cruze o Labirinto do Limbo sem pestanejar. Não escute outros perdidos se os encontrar, nem pare a andança até se cansar. Siga o trilho em direção destra e se aposente para além da cidade do ar. "

Fala do Senhor Oldwalkman, O Homem da Cartola.



suzo bianco
"O Perdido Garoto Corvo do Blues Morto"


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Só para constar

..
.

FOLHETO DISTRIBUIDO PELO SESC POMPÉIA EM 2000.
A FOTO FOI TIRADA ORIGINALMENTE EM 1987/88... CREIO EU.
O INTERESSANTE É QUE EU E MEU IRMÃO FREQUENTÁVAMOS MUITO ESTE MESMO SESC NESTA ÉPOCA... A PROVA DISSO?
ENTRE AS PERNAS DO GAROTO, QUE ESTÁ DE COSTAS PARA A FOTOGRAFIA EM PRIMEIRO ÂNGULO, ESTÁ MEU IRMÃO E DO LADO DIREITO DA PERNA DAQUELE QUE 'CUTUCA' A CUECA, ESTOU EU MESMO COM MEUS 9/8 ANOS DE IDADE...

coincidência???

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Quando um Bêbado Escuta Demais do Vento...

                 .

Cavaleiros passam. Damas caminham. Cães percorrem tossindo.
Moscas confusas voam. Crianças chorando e palhaços sorrindo.
Educados sem missão esbanjam gentilezas para os parceiros na praça.
Chapeleiros constroem calor para as senhoras da procissão sem graça.
Sapateiros, alfaiates, agulheiros destinados a se olharem velhos no espelho.
Alguém briga com ninguém, do lado do quebrado trem, há louco sem o jeito.
Botas sujas se batem seguindo o ritmo da música silenciosa do desespero.
Calças molhadas, terno imundo, camisa rasgada, mas costurada, bem feito.
Cavalos pulguentos arrastando os donos sem pulgas do bastardo vilarejo...
Sem viagem. Sem trem funcional. Só calor abafado. Terra dura e percevejo...
Além da montanha a cidade morre. Mais atrás ela nasce, mas no meio nada acontece.
O Senhor Tédio foi o fundador desta paragem parada e mal acabada que entardece...
O suor umedece onde desce nos vincos das rugas agrestes do coração.
Que bate lento, devagar, pra não acordar o famoso e dito do cramunhão...
Aqui tem a lenda e lenta história lambuzada da aparição penada que por fim perambula.
Que pela sua alma amada, a solitária acabada e perdida falada, por aqui anda a procura...
Dois espíritos estranhos que entre os desanimados passam desapercebidos.
Um a procura do outro, como se não realmente os estivessem esquecidos.
Homens casados não entendem e as acompanhadas não compreendem...
Dois fantasmas não poderiam se acontecer, pois se eles nem se abrangem...
Estão todos enganados, e ninguém sabe de nada, nem a pinga do velho da malícia.
Vão morrer sem perceber nada além da sombra do sol no chão trincado de hortaliça...
Tenho fé. Tenho a absoluta e mais certa certeza de todas as razões que disponho.
Vou achar minha bela e encantada mulher de pureza, justo em meu rumo risonho.
Sim Senhor. Sim Senhora. Nem minha morte, nem a dela, irão impedir nosso encontro...
Podem falar o que for o povo quase morto desta parte esquecida da ferrovia sem ponto!

Ouviu o bêbado oficial da cidade, enquanto soluçava de sono, segurando sua abençoada parceira de vida de bebedeira, ao lado daquele desconhecido...


Suzo Bianco

domingo, 14 de fevereiro de 2010

E-MAIL

aO Invés de ComentAr na área de Comentários, aconselho Mandar-me pelO E-maiL. cOMPREENDE?

ENTÃO:

suzobianco@hotmail.com

isso mesmo, assim por tanto, sem riso nem pranto...
                              




Sobre o coreto esquecido de uma cidade pequenininha, clamou aos quatro cantos o pierrot:

“Estrelas fluorescentes ficam-me confusas, pálidas incandescentes, só me deixem de loucuras.
Luas anoitecidas para mim são absurdas, ora vêem deliciosas, ora mal indecorosas.
E a cachoeira de terra azul da ampulheta me cobriu, escorregou-me neste algum veloz, sob este vazio tão anil.
Loucura deixe-me prata atrás da cortina do palco.
Súbita de saída ingrata, lá, entregar-me-ei ao álcool.
Batom para as madames de lábios secos, brilho para os olhos, lúcidos empórios.
Pra que perder-me aos pobres se aos ricos deixei-me vencer?
Quem poderia me saborear o pranto nesta loucura desenfreada?
Onde eu estaria se minha armação de ouro estivesse suja?”

Olhou para sua platéia sob a chuva...

“E o cachorro morto de frio, foi o único que me ouviu!”
        



s.b

Antigos Desenhos de Abertura do Diário

Primeira

Segunda

Terceira

Quarta

Quinta

Sexta

........................................................................

?

>;-)>


“Bilhete encontrado embrulhado e amassado no fundo do baú atrás da porta quebrada do porão poeirento do Senhor Rumpelstiltskin...”



...estive bisbilhotando-o, não apenas ofegante, irritante, mas de constante interesse em seus miúdos contos palavreados. Pobre coitado! Como tem andado exprimido e incontido que, temido, não pode se socorrer pela incapacidade de se afirmar livre. Ora, ora, ora... Se pudesse eu choraria de pena, pelas penas suas... Absurdas.
Quem lhe disse estas coisas loucas que lhe passam pelos sonhos? Como pode imaginar voar entre as galinhas? Quer fazer de sua vida uma eterna rima sem coincidências? Ora, ora, ora... Se pudesse lhe gargalharia na face, por sua audácia de achar que os livres querem liberdade além da qual já possuem.
Quer criar uma tentação como o Diabo? Você não é nada na providência Plena. Que pena... Estive lendo suas cartas – e dos seus amigos – e não pude conter meus risos. Ora duende arrogante, não vê? Está isolado. Está sem forças e ainda se debate...
“Ouvi dos vaga-lumes...” Como se estes falassem ou você pudesse ouvi-los, como se os pássaros lhe pudessem dizer algo... Quer enganar a quem?
“Eu estudei muito...” Como se pudesse saber algo sozinho apenas observando o mundo, como se não precisasse ler ou concordar com outros antes de você... Os que repetem como papagaios as filosofias dos outros são muito mais ouvidos que um duende tolo e condenado.
“Lordes Sombrios...” Como se pudesse saber ou ter certeza da existência deles...
Quer um conselho? Siga as cartas do destino, escute mais o improviso, e não pense demasiadamente. Olhe-se no espelho e veja o que deseja! Ora, ora, ora... Só tolos como você não fazem isso. O mundo está feliz assim, do jeito que “gostamos”. Cheio de frutas viciantes, belezas agonizantes, promessas corriqueiras, presentes ganhos em troca de delírios, bebês caros para a felicidade dos pais...
Beba e fume, não se aborreça, ria mais a vossa tristeza.
Estive e ainda presto-lhe atenção. Sorrio demais com suas lágrimas tão solúveis nestas brumas da realidade geral. Pranto infantil...
Seja o que for... Você me faz rir...
Continue, continue... Quero ver até onde o bobo dá piruetas sem cair...

Com nem tanto amor assim, se me entende a pronúncia, sob fluidos de risos púrpuros:

Não preciso assinar, deve bem imaginar!

Sr.D.

See you!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Carta para o Pai dos Unicórnios da Floresta do Norte

  
.
Dia de Chuva Fria, sob os sinos do invisível véu de estrelas da Terra.
Ano da Tartaruga... Terra.

Ao caro Mestre Athair. Pai dos Unicórnios.

  Acalentei-me estes dias de mim mesmo, para apaziguar suas preocupações. Fui, contudo, um tolo ao me exibir para as bruxas más dos ventos gelados da noite... Elas ainda perduram por estas bandas. Acredita? Pois bem, sem culpá-las – mas que fique clara a influência – tive recaídas desastrosas para comigo mesmo. Entenda que, para mim, tem sido mesmo difícil morar na Torre. Os Truks, ou Homens – como são conhecidos entre os próprios – ainda se ocupam na construção máxima. Há bastante trabalho, isto é, serviço escravo. Os Lordes Sombrios não se limitam mais às sombras, estão cada vez mais ousados, chegam à liberdade do dizer malévolo. Nem mesmo contestam os ataques dos rebeldes... Muitas notícias ecoam pelas milhões de Telas Refletoras pelo mundo todo. Falam sobre dominação em massa, controle total, “Nova Ordem Mundial...,” e ninguém parece se atentar realmente ao perigo.
  Mesmo entre os Truks, parece-me, inicia-se certa revolta e rebeldia, porém são inibidas e suprimidas através de idéias que as desvalorizam. Isso me corta o coração. As novas almas que por aqui surgem, já são moldadas ao sistema de construção da Torre desde os primeiros dias... Pelos próprios pais que, sem saberem, doutrinam e preparam as crias de modo a sobreviverem à ilusão geral. Se isso é bom ou ruim, está além de minha capacidade de julgamento.
  Todos dormem. Mas os Lordes seguem despertos propagando o trabalho inútil, em nome dos Sete Caminhos Tortos. Por isso a miséria geral segue em frente...
  Porém não são só eles os responsáveis. Eles encantaram a multidão com promessas de bem-estar. Prometem luxos e prazeres quase impossíveis em troca da mão de obra. Por isso a mesma multidão ajuda e luta em nome da Torre.
  Isso e muito mais veio a me calhar desagradavelmente à desesperança. Também o pessimismo no meu trabalho... Por isso quase forcei minha volta para casa.
  Não me arrependo, porém, não me orgulho do feito. Pois os pássaros, insetos, morcegos e demais não lhe mentiram. Foi verdade, até mesmo pude ouvir os bichos daí.
  Só lhe envio esta carta por consideração a sua preocupação e conselho. Mas não me entenda mal, a dor e o sofrimento daqui são realmente lancinantes. Quase insuportáveis. A confusão mental é muita e a desinformação, completa. Por isso não culpo a multidão enganada e dominada...
  Para resumir, é isso.
  Mande-me mais notícias suas, dos unicórnios que cuida... Dos silfos rebeldes e malandros... Sinto muitas saudades de todos. Estou me sentindo bastante sozinho aqui... Pode bem entender.
  Ah, antes que eu me esqueça, o sortilégio que depositou no envelope não teve efeito. A barreira que criaram contra feitiços aqui é bastante eficaz, desista. Não há mais lugar para magia aqui na Terra. Se me quer o bem, apenas palavras sábias passarão, e se estiverem disfarçadas como bem sabe fazer. Do mais, não se preocupe, já estou acostumado com a cinérea realidade destas paragens.

  Agradeço mais uma vez o contato.

  Atenciosamente, de seu eterno, sim, amigo:

  Rumpelstiltskin

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Carta ao Sr. Rumpelstiltskin

    
Dia de noite nevada. Sob Lua grande, terra escondida, ano da Tartaruga.

Da Floresta Elmo do Norte

Como fosse porcelana, quebraste seu coração de vidraça?
O que quer engolindo fogo e respirando veneno?
Bebendo o vinho dos espíritos, lembra, não lhe trouxe nada?
É mesmo difícil lhe entender, saber seu intento...
As libélulas já me contaram a respeito... Quase morreu.
Não foi?
Chamou por sua Mãe. Chamou por seus amigos...
Falou que estava cansado de sua missão, de sua prisão.
Que não agüentava mais os rugidos dos homens, das blasfêmias...
Dos olhos maldosos... Das músicas feitas para a dança da carne.
As borboletas já me disseram tudo... Quase voltou...
Não foi?
Pois me preste bem à atenção, amigo... Está adoecendo sim, isso é inevitável para o nosso povo que convive por aí. Contudo, isso não lhe dá o direito de abandonar sua missão. Isso não lhe dá o direito de urrar como um urso faminto. Isso não lhe dará nada além da autodestruição.
Os morcegos já me confessaram... Sua sombra foi vista por aqui...
Não foi?
Acalme-se. Acalme-se... Entendo sua angústia, sua tristeza tão amarga que lhe enche o peito. Compreendo sua mágoa, sua solidão e sua incapacidade de confiar nos bípedes vestidos. Sim... Mas mostre-nos o porquê de ter sido você o enviado para sofrer como eles. Sofra... Chore... Mas nunca deixe de acreditar no amor que lhe sustenta...
Os vaga-lumes já lhe falaram isso... Sua sombra andou ausente daí...
Não foi?

Com votos de melhora, e desejos de Força e Vitória...

De seu eterno amigo:
M. Athair
“Ar na Unicorns”

Reprodução e tradução de carta a mim enviada.

Dia de Ópera Florestal, ano da Tartaruga Eterna, onde sobre seu casco, vive o mundo.
Ao meu carinhoso e melancólico Rumpel:

  Imaginava sensações suas trazidas pelos pássaros. Enviei-lhe então sobras de luz, daqui, para iluminá-lo nas sombras de sua prisão. Espero que tenha sido mais uma impressão exagerada, a minha, pois me custa saber de suas dores. Toca-me o coração, acostumado de ternura, banhado pela névoa que me cai aqui na clareira da emancipação.
  Sei que há alguém aí que poderia lhe libertar, mas sei também de sua postura; fria e protecionista. Seu medo dos humanos lhe causa dor, lhe suspende na poeira, mas lhe fere a pele verde delicada... Escute mais os bichos, estes nunca lhe abandonarão. Tenha fé em nossa Mãe. Gaia é generosa com seus filhos que, mesmo sob tortura, não Lhe negam a importância e sabedoria.
  Muitos de nós já fomos caçados e queimados no passado, desde quando os elfos partiram para bem longe... Afortunados foram eles.
Porém sua missão persiste. Tenha força e não se abandone. Um dia toda a loucura que esteja presenciando acabará. Verá! Voltará aos meus braços que tanto querem lhe afagar...
  Confesso, mas antes peço, que não se alarme, chorei-lhe cristais sob o salgueiro azul.
  Ainda lhe penso e lhe concebo.
  Ainda e eternamente serei sua fêmea...
  Suas cartas, a mim enviadas, pelos insetos coloridos que te visitam me chegaram a tempo. Continue a me relatar, se isso lhe anestesia as dores.
  O rouxinol me contou também que você, meu amado, anda mais triste do que nunca, que suas orelhas, embora não mais pontudas, estão a escutar demais. Os fantasmas da destruição estão a lhe importunar... Que os humanos seguidores dos Lordes Negros estão a lhe observar... Que suas mechas naturais estão crescendo, juntamente com sua mágoa por aqueles que as condenam...
  Não se retenha a isso. Lembre-se... “Somos crias do cosmos, somos filhos de Gaia, e sofreremos enquanto a mentira dos homens perdurarem”. Não lute contra, apenas observe e nos relate suas experiências. Tenha calma e não retorne até ter certeza de que está livre para isso. Ainda existem bons humanos, nunca se esqueça disso, é por eles que fazemos o que fazemos...
  Continue seu diário disfarçado. Continue... Aproveite da descrença dos inimigos e construa nossa arma contra a Cabeça de Ferro.
  O fogo terá seu fim um dia, e lá, só restará a chama da verdade...
  Não se precipite.
  Eu e os seus, o amamos.

  Com carinhos saudosos.


  F. Elmadrim
  “Sua Fada além do Vale.”

domingo, 7 de fevereiro de 2010

S.O.S Peixes

O que seria do mundo dos peixes
Se os peixes desse mundo fosse?
O que seria das formigas da terra
Se a terra nas formigas é podre?
O que seria? O que seria?

O que seria de mim se não mentisse
Se a mentira dos homens é lei?
O que seria das peles das plantas
Se nas plantas um dia, sim, estarei?
O que seria? O que seria?

O que seria de todos os bichos
Se os bichos já são tão caçados?
O que seria da arquitetura de lixo
Se o lixo é que a tem sustentado?
O que seria? O que seria?

O que seria de mim se não mentisse
Se as mentiras aqui são preces?
O que seria das peles das antas
Se a pele das ancas prestasse?
O que seria? O que seria...?

O que é!

 
s.b

Carta à Rainha Fada

Carta à fada além do vale da Torre.

Dia de São Nunca, as vésperas da Festa Feliz.


Os longos uivos dos lobos me assustam, embora cantem para a Lua, seus olhos brilham no escuro. Eles enxergam as almas mais comuns, caçando o inimigo. Não me espantaria, entre tanto, se eles honrassem a Mãe, pois julgam mal seu opositor. Caçam mais sangue que carne, rosnam mais que latem. Não são cães... São lobos selvagens e famintos pela noite, revoltados com o mundo que criaram para eles. São forçados a serem o que são. Tenho medo sim. Sou apenas um duende velho, em crise. Sentiria muita fé se o que sinto, não fosse consequência dos Lordes do Poder.

Não se opõem ao meu livre pensar, mas me negam a minha razão com suas ações. Não só a mim... A todos. Porém, dizem alguns por aqui, no vale; “De que adianta se rebelar e não ter as mesmas armas? É um suicídio tolo e infantil... Acorde para o Muro, desta enorme construção. A terra eterna da pedra da escuridão. Não vê as fumaças pestilentas no ar? Não enxerga a água contaminada que bebemos? Se acuda. Rebeldia só te levará a amarga versão dos fatos. E isso, meu caro duende amigo, não lhe ajudará em nada, só o manterá, na temida e vasta, solidão!”

O que poderia dizer diante desta conclusão?
Estou preso, mas preciso do que eles querem; o papel de crédito da Torre.
Temos que alcançar o inalcançável céu. Temos que por esta Torre pra cima...
Não importa os vigias, não importa os traidores...

Mas não como estes lobos que me assustam... Não com selvageria...
Eu vi na bola, que se o mundo está acabando... Dizer isso, para todos, é querer o pior.
O arco-íris há tempo não aparece...
E os guardas querem saber da Planta. E outros acreditam na matança...
Irmãos inimigos de irmãos. Pai contra os filhos. Filhos contra os pais... Todos inocentes passivos diante do massacre comandado pelos Lordes Sombrios.
Alquimistas da ingratidão.
Gritam pela Boca da Mentira:
“Queimem eles, soprem depois. Esfolem-nos, por não cumprirem as ordens...!”
E os escravos batem palma...

Desculpe-me bela Rainha. Escondida és bela dita.
Foi-se minha razão com palavras duras já escritas.
Mas que me é árduo sensação de impotência...
Vou mesmo ter que florescer no barro...
Mande-me preces... Flores só no fim...
Até lá tenho muito que fazer e pensar.
Até lá vou tentar lhe dizer a respeito da multidão...
Mas não hoje, temos uma eternidade pela frente.

Com carinhos:

Rumpelstiltskin.

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA ENTENDER ESTE "BLOG"

Um pouco do que você precisa saber para ler esse BLOG:


Postagem Original:no link abaixo


http://suzobianco.blogspot.com/2011/03/explicando-o-blog-visualizando-parte-do.html


Sobre As Cores: Poderia dizer muito sobre isso, porém tenho que me conter no foco destas necessárias (ou não) explicações. É bem possível que a maioria saiba muito sobre a Luz. A famosa luz solar que a todos nós ilumina. A bem conhecida luminosidade solar quase totalmente invisível; e só não o é completamente, porque podemos enxergar ou reconhecer uma minúscula fração que chamamos de espectro luminoso. Ou as sete cores. Violeta, anil, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho (e seus tons), o branco luz é a junção delas e o negro a ausência. Esta pequena faixa reconhecível, pelos olhos, da luz solar nos dá a possibilidade de, quando refletidas pela matéria ao nosso redor e bem captadas pelo nosso sistema ocular, ver. Bem... Ver aquilo que nossa mente consegue perceber e conceber, mas isso seria outra história. Dessa maneira, este Blog usa dessa variação do espectro de maneira clara, dando a entender a presença constante desta limitação de nossa captação da luz. Embora possa parecer bonito, o uso das cores sobre o fundo negro, ou escuro, metaforiza a habilidade de nossa mente conceber formas e formular informações, por mais que pareçam de início desconexas, usando apenas uma limitada informação luminosa, ou noção divina ou dê-se o nome que quiserem a essa condição. O importante é que a verdadeira informação sempre nos parece oculta. O que vemos é sempre uma pequena parcela do que, de fato, pode existir no Universo ao nosso redor, em todos os sentidos, conforme o que procuramos saber a respeito dele (ou nós).


Não há enigmas para a curiosidade...


"Os Poemas": Entenda-os ou deixe-os. Qual seria a graça se tivesse que explicar cada um a todos? Podem parecer óbvios, para a maioria, os recursos usados nos poemas e demais textos, mas deve-se levar em consideração a dificuldade de entendimento para outros tantos leitores. Então eis explicações nesses e nestes tópicos. Espero mesmo que facilite a interpretação e a compreensão do blog após esses textos ‘Sobre o Blog’.


Os Desenhos: Nem toda sensação é possível de ser descrita. Não com minha atual habilidade, então, as desenho. Algumas personagens são pertencentes aos meus contos, outras, apenas ilustrações, ou representações, de forças invisíveis, fora da gama de cor visível já citada.

Duendes, fadas e outros seres “mágicos”: Alusão aos tipos diferentes de viventes do mundo. Isso pode incluir desde o(s) humano(s) e sua variada gama de personagens, como animais, plantas e outras formas de vida. Todas possuidoras de divindade consciente, isto é, formas diferentes de manifestação inteligente do cosmo aqui na Terra. São usadas essas nomenclaturas para homenagear as antigas lendas e ao mesmo tempo justificá-las da maneira mais lógica possível. Também serve de crítica à maneira displicente dos "humanos" se julgarem únicas formas inteligentes do planeta. Algo que pessoalmente não acredito. Cada ser com seu grau de percepção e contenção de sabedoria cósmica. Ninguém é mais ou menos que ninguém, o que muda, em minha opinião, é a forma e o tipo, não a importância. E quando digo alguém, ou ninguém, digo me referindo a ‘todos nós viventes da Terra’.




Fim da primeira "explicação".

Próximos assuntos a serem abordados:


Magia.

Religião e crenças.

Cartas Mágicas.

Fábulas.

Inspiração.

Temática.

E mais...


Sobre este Blog – Parte 2


Magia: Existem muitos conceitos sobre o que é Magia. Entretanto deve se considerar um único, pelo menos, ao que diz respeito a esse Blog. Entenda-se por magia toda forma inteligente e lógica de perceber, interpretar, conceber ou manipular qualquer tipo de informação, seja essa visual, textual, social, musical, oral, carnal*... A arte, no caso, em si mesma, concebe-se como um ato mágico, pois se estabelece como força mágica real devido à capacidade dinâmica de transformar uma ideia, ou a subjetividade, em algo absorvível por quase todos por uma estreita interpretação, funcionando como um funil, ou melhor, como um telescópio que com sua combinação de lentes permite acesso a uma gama imensa de informação (ou perspectiva dessa) vista apenas de um ponto minúsculo, isso funciona mesmo aos menos atentos. Isso seria, nesse caso, uma réplica da atitude universal, a de se auto-afirmar real, mesmo em sua aparente caótica 'organização' individual. O ego. Toda concepção e aceitação dessa ideia primária, ou fundamentada em princípios lógicos e antigos impostos (ou não), podem ser consideradas, aqui, magia. A habilidade de se ver, ou se entender, parte da energia universal também é magia. Real e palpável. Para muitos que assim o fazem podem se afirmar possuidores de um campo de proteção mágica, ou círculo arcano. (energia proveniente do Sol). Mas a maioria prefere dar para essa habilidade o nome de ‘conhecimento’, que pode ser específico dependendo do propósito. Exemplo: Para cada tipo de assunto existe uma variada carga de informação, algumas verdadeiras, outras longe disso. Dessa maneira quanto mais conhecimento a respeito de um determinado assunto alguém tiver, maior vai ser o poder de seu círculo de proteção mágica, que repelirá as forças provenientes da ignorância, ou trevas, para os mais “encantados” (matérias de baixa vibração). A luz do conhecimento (também real como sendo parte da mesma luz solar citada antes, porém invisível) é que alimenta, ou dá forma e substância, a esses campos mágicos, como supracitado anteriormente...



Religião e Crenças: Esse Blog não se trata de doutrina religiosa ou de alguma ‘crença’ baseada em mitos. Nem de algum pretencioso e equivocado conceito "científico". O intuito é simples: expandir, compartilhar e desconcentrar conhecimento. Dar a possibilidade para todos de pensar a respeito de tudo. E guiar esses pensamentos e ideias para a Luz. Para a reconstrução do mundo real e livre da escravidão imposta por aqueles que, ironicamente com atos estúpidos e mesquinhos, dizem-se senhores e donos do mundo. Quero com esse Blog, criar um canal de sintonia com todos aqueles que buscam no estudo e na investigação intrínseca a resposta para suas dúvidas. Sem dogmas e preconceitos. Sem justificativas adquiridas, ou impostas, pelos devidos ancestrais (que, na esmagadora maioria das vezes, sem saberem também estão dormindo num mundo de inverdades e enganos). É sabido, pelos sabidos, que quase nada em todas as religiões de massa é sustentável pela lógica-emocional, no entanto, poucos sabem que mesmo assim, essas mesmas religiões e crenças, possuem bases filosóficas autênticas e verdadeiras, ora se não mora aí o poder das mesmas de conquistar o coração da multidão. A questão é: O que procura o indivíduo? Deus? A verdade universal? Riqueza? Respostas? O que ele deseja, é ele mesmo que o deseja? Como poderia um recém-nascido julgar o mundo ao seu redor? E como ele seria capaz de ter ciência de sua prisão se se nascesse em uma titânica cela, uma que possuísse grades, na cabeça de cada criatura complacente da Terra? Bem, isso seria um assunto extenso demais para essa ocasião, então devo me centrar no propósito desse texto, falar somente a respeito da filosofia desse Blog, de maneira mais sucinta possível. Deus possui várias definições, mas iremos considerar ‘Deus’ como sendo o nome dado à inteligência cósmica/universal. Pensando assim, pretendo respeitar e levar em consideração o maior número de concepções religiosas, e filosóficas, possível dentro da minha, ou nossa, capacidade intelectual. Não quero e nem pretendo ofender ou questionar seja qual for a religião ou filosofia científica, pelo contrário, me parece cabível justamente a união sensata dessas ideias humanas. É possível e sensato conceber, ou entender (-se) o Universo/Cosmo de maneira ‘religiosamente científica’, ou, ‘cientificamente religiosa’. Ao mesmo tempo, não sendo nenhuma dessas. Magia? Bruxaria proibida? Não mesmo, creio. Conhecimento antigo, e antigo o bastante para ter tanto conhecimento. Você encontra dois homens sabidamente bondosos, um é velho, o outro uma criança, ambas lhe dizem sobre o mundo todo que conheceu, e como funciona... Você seguiria a quem? A religião antiga não é uma religião, e nem mesmo uma ciência, é um fato. É a transmissão de conhecimento certo. Sem dúvidas ou alegorias. ‘Tudo é luz’, segundo conceitos mais atuais da ciência contemporânea. Também possível de se afirmar o mesmo na maioria dos seguimentos religiosos; ‘Deus é Luz’... Ou a Luz a materialização de sua/Sua ideia, penso eu, e outros comigo. Uma ideia, em minha opinião, completamente concebível e lógica. Sem ferir minha inteligência ou fé. E é sobre esses conceitos que a maioria dos meus textos diz respeito em partes...


Cartas Mágicas: São escritos/textos metafóricos. Cartas do ser interior do escritor destinadas para o ser interior do leitor, ou para um ser imaginário capaz de compreender o lamento. Por isso o pseudônimo Rumplestiltskin (Rumpel)... Algo difícil de ler e compreender, nome, também, de uma personagem de contos de fada. Assim, faço alusão à injusta fama que a magia verdadeira tem no mundo atual, a de algo inexistente e irreal, quase sempre associada a poderes escabrosos e imaginativos como: Levitação, tele-cinese, leitura de mente, previsão do futuro, bolas de fogo expelidas pelas mãos de “bruxos” e “magos”... A variedade é enorme. Isso tudo só tem um único objetivo: Difamar e desacreditar a Magia. Desviar a atenção das pessoas para outros valores, dessa forma, conquistá-las. Quando alguém acredita, por exemplo, no valor monetário de uma moeda corrente, ela está sob o poder mágico daquele mesmo artefato. Explicando: O poder do dinheiro está, e mora, no conceito ou na possibilidade do seu ‘possuidor’ de conseguir o que deseja. O desejo particular, ou comunitário, dá poder ao artefato, isto é, quanto mais moeda um indivíduo tiver, maior a possibilidade de adquirir o que deseja e quanto mais gente acreditar nesse poder, mais ele se torna real. Porém essa lei só funciona se a maioria aceitar o conceito, onde o verdadeiro beneficiado é o produtor, ou mantenedor, do sistema monetário e da ideia do mesmo. Ele mesmo não faz uso dessas regras, seu poder está além do 'poder monetário'. Percebe-se? Ainda falamos de Magia. Real. Verdadeira e ainda presente na vida da maioria das pessoas no mundo inteiro. Por isso prega-se tanto a sua inexistência. As cartas mágicas tratam desse conceito...



Fábulas: A maioria dos textos, ou contos, que produzo usa do recurso fabuloso. A figuração animal das atitudes, ou da perspectiva humana dos fatos, ajuda a transcrever assuntos que seriam mais difíceis de serem abordados de outra forma. É mais fácil admitir semelhança no comportamento do Tio Patinhas (Disney) do que no de Kane (The Citizen Kane – O Cidadão Kane), por exemplo. É claro a dificuldade que podemos ter em assumir nossos defeitos quando nos são apontados ou citados. Por isso o recurso da Fábula.


Fim da segunda "explicação".



Próximos assuntos a serem abordados:


Inspiração.

Temática.

Público Alvo.

“Verdades de Massa”.


...

Sobre este Blog – Parte 3


Inspiração: O que seria de fato isso? A Inspiração. De fato seria a habilidade de criar? Seria mesmo o universo fruto de uma auto-inspiração divina? Pode ser... Por que não? Ou mais: Por que sim? Bem, o fato é: muitos de nós possuímos a prática de usar essa força para re/criar. Porém, dizem os físicos e cientistas; nada se cria ou se perde no universo, tudo se transforma. Foi uma boa dica deles para os inertes. Mas nenhuma novidade para aqueles que, há milhares de anos antes, já viviam esse conceito, antes da 'ciência', propriamente dita, instalara-se no coração de muitos. Aceito essa ideia. A inspiração então, a meu ver, seria uma espécie de autoconhecimento (levando em consideração os conceitos já citados anteriormente) e a habilidade de compartilhar isso. Seria também, em mesmo grau, a habilidade de notar formas variadas de expressar uma determinada ideia. Isto é, uma mesma forma infinitamente copiada em tudo no Cosmo/Universo. ‘Auto-criação e auto-percepção’. Ver a mesma coisa de variadas maneiras. Cada maneira diferente deriva de uma determinada inspiração. Ou conceito original. E essa determinada coisa, também varia, dependendo do conceito ou da nomenclatura. Acredito que ideias são feitas, ou existem, para serem mesmo difundidas, não retidas por um único indivíduo...


Temática: O mundo que se faz Oculto para muitos que o querem assim. Invisível. Se isso é bom ou ruim, não é a questão. A questão é: muitos dos males da humanidade são provenientes da ignorância, da má interpretação do sentimento do Amor e da difamada ou mal usada informação Solar. Exemplo: O Sol não é só uma estrela. O Sol é A Estrela. E Sua Luz nos é fonte de vida (em muitos sentidos), algo que nos possibilita todas nossas divagações sobre tudo. E isso é Divino, e algo que nos possibilita isso, não é menos do que Divino. Ou, Deus em uma forma “individualizada”. Somos diretamente e indiretamente, literalmente e poeticamente, filhos Dele. Somos parte dele, sentimos e existimos com ele. Vestígios estrelar, no caso, fagulhas do Sol em evolução de consciência. Admito, no entanto, como isso pode soar aos ouvidos, ou mente. (dogmática sem perceber) Certo? Como se conceber filho do Sol?

Nota-se? Isso é Magia. A maneira como ver as coisas pode nos levar de um mundo cruel e cinza para um mundo de amor e cores. Todas elas. Entre tanto, infelizmente, isso não nos protege da perversidade daqueles que vagam meio às sombras, ou às trevas. Ainda assim podemos estar sujeitos a ações de indivíduos ignorantes ou malignos. Porém, cada um de nós tem a responsabilidade de combater o escuro engolidor de luz. Ou lutar contra a ignorância e falta de educação, entende-se aqui educação no sentido puro e mais abrangente. Um dos objetivos desse Blog (agora revelado não tão comum assim) é justamente isso. Combater a ignorância e lutar contra a manutenção dessa mesma...

Público Alvo: Esse Blog tem como público alvo todo aquele de mente aberta às novas possibilidades, espíritos inquietos com a dúvida, ou até mesmo, com as aparentes certezas. Isso incluindo a mim mesmo. O ato de compartilhar minhas conjecturas com outras pessoas só aumenta a possibilidade de eu adquirir ainda mais conhecimento. Aprender é pra mim algo prazeroso e viciante. E passar as informações adiante é algo satisfatório e empolgante. Acredito que pra maioria das pessoas é dessa mesma maneira, embora nem todos possuam a paciência necessária para a tarefa. E isso não significa desinteresse, é apenas comodidade, isso sim deve ser combatido, pois quem se acomoda numa ideia se nega a possibilidade de evoluir intelectualmente. Para um bom caçador de informação, tudo, ou quase tudo, é questionável. Aquele que aceita uma informação sem questioná-la é um animal adestrado, não, educado. Imagino eu. Como qualquer músculo nos possibilita, e é feito, para nos permitir a locomoção e articulação, o cérebro também tem seu propósito, e não usá-lo, inteiramente, ou é um erro ou uma desfeita...



“Verdades de Massa”: Esse espaço, que tenho para expressar minhas ideias e conceitos - através de poemas, contos, frases e ilustrações - permite-me tentar desmascarar algumas “verdades” difundidas na população. Exemplo: O Trabalho é algo árduo, mas necessário. Bem, não é bem assim. O trabalho é a ação de produção ou manutenção de algo útil ou funcional, não necessariamente pesado e sofrido, pelo contrário, um trabalho legítimo deve ser feito com entusiasmo e amor pelo feito. Dessa maneira, um determinado médico opera pelo o amor e credibilidade de sua vontade de fazê-lo. Alguém que o faz apenas por pressão financeira, familiar ou social é capaz de esquecer uma tesoura dentro do paciente. Perdoem-me a associação, mas espero que entendam o que quero dizer. Ainda nesse assunto, muitos acreditam que trabalho tem de ser necessariamente algo lucrativo* (considerando os atuais valores difundidos) ou feito em ambiente comunitário e hierárquico. Também uma ideia falsa, e mesmo assim, imensamente difundida. Por quê? Ora, o que seria do Sistema Social contemporâneo se a maioria das pessoas pensasse diferente? Caos. Eis a necessidade de fazer com que todos acreditem na necessidade do salário pago por alguém que se autodenomina Patrão ou Chefe. O triste disso é que essa maneira de pensar impulsiona a pessoa a adotar uma postura agressiva e desonesta, por questão de sobrevivência e ascensão financeira. Isso é um dos vários fatores que disseminam a infelicidade comum. Existem ainda outras muitas, do que chamo: “verdades de massa”. E quase todas elas são difundias pela maioria, ingênua, e implantadas por aqueles que se beneficiam dessa e daquelas ideias.



Quase ficção, neh?


Atenciosamente
Suzo Bianco




Obs.: Alguns textos podem apresentar desacordo com a norma padrão recente da língua portuguesa, entre outras possíveis deformidades estéticas ou ocasionadas pela rápida e informal digitação. Contudo é direito prevenir o leitor ou a leitora de que tais textos foram revisados, porém foi preferível manter alguns possíveis “erros” (segundo a gramática normativa) com o 'intuito' de preservar o caráter poético e efêmero dos textos, sendo esse objetivo mais verdadeiro do que outro que possa envolver os termos e/ou normas da gramática atual. Espero que compreendam e não se assustem, pois tais “verrugas” nessas ‘faces letradas’ não são muitas, e quase sempre imperceptíveis. Um abraço sincero, e meu muito obrigado por ceder um pouco de seu tempo para a poesia e para os poemas de minha autoria.” S.Bianco.


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