segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A Estória de Joaquim... (Nilo. parte dois)

“Olá aos que me lêem e aos que não me vêem, bastam estalar às luzes para ver o que não crêem... Posso falar e posso gritar, mas só o que me entende, me escutará. Olá mesmo assim a todos que passam... Meu intuito não é dizer a verdade, mas questionar as condições que me cercam... é sim, mesmo assim, tudo acaba me escorregando pra fora...Espero que gostem desta mais nova história...” Num belo dia, antes de dormir, Marcelo leu um conto de fadas para Nilo, que amava ouvir aquelas estórias fabulosas. Aquele conto ficaria marcado para o garoto pelo resto de sua vida. No entanto, para seu pai, aquilo era somente mais uma noite em que reservava um momentinho para passar com seu filho. O garotinho ouvia atento: - Em outros tempos, o Pássaro de Fogo surgia de ano em ano dizendo ter vivido mais uma vida de cem anos num único dia! Bem... – Contava Marcelo. – Alguns nem mesmo acreditavam na existência daquela ave mística e rara. Era tão inteligente quanto um eremita. - O que é um eremita? – Quis saber Nilo. - Um eremita é uma pessoa solitária, que se retira do convívio com os demais para pensar na vida. Nilo apenas sorriu. Marcelo lambeu o dedão, esfregou-o no indicador e virou mais uma página ilustrada. - Além disso. Joaquim tinha de admitir que bebera muito na taverna Porco Rosa noite passada. Muitos o haviam visto aos tropeções pela madrugada. E outros muitos o avistaram esparramado debaixo de um carvalho seco. Dormindo profundamente e vomitado na calça de algodão. – Fez uma cara de nojo para Nilo, que prestava atenção na estória contada pelo pai e riu do comentário. – “Você estava alegre como um jesuíta naquele dia Joaquim. Pare com isso!” Dissera alguém meio a muvuca a sua frente, enquanto sentado numa rocha a beira da estradinha de terra, relatava o suposto ocorrido. “Alegre nada. Estava mais bêbado do que o pai dele quando conheceu a respeitável senhora sua mãe!” Outro desdenhou grosseiramente do jovem contador de causos. Sem dar ouvidos às provocações, continuou a falar sobre a ave... Eu me sentei num tronco velho, ali pra cima dos montes de cana... Apontou ele para algum lugar ali perto. Parei para descansar... “Descansar do que? De beber?” Algum gritou. “Deixe o homem falar!” Protestou outro. Joaquim não havia se interrompido. ...quando uma ave do tamanho de uma carroça pousou do meu lado. Ela era feita todinha de penas que pareciam arder em chamas, sabe? E quando ela chegou achei que estava pegando fogo e me levantei assustado. Minha Nossa Senhora! Eu disse. E ela apenas “piou” como se eu a conhecesse. “O que quer de mim?” Eu disse... E ela apenas me falou aquilo... “Hoje eu vivi mais de cem anos em um único dia”. Bem. Na hora eu não entendi nada... “Besteira!” Voltou a gritar o inquieto ouvinte – que em segredo guardava debaixo da blusa, uma garrafinha de rum -... Mas fiquei ali parado escutando ela. Bem. Acho que era ‘ela’ e não ‘ele’, continuou Joaquim. O tal pássaro bateu as asas em falso e tornou a dizer. “Pois saiba que sou uma ave imortal e guardo em mim o segredo da eternidade, e junto das minhas penas de fogo mora um coração gelado e triste. Mas esperançoso...”. Se tiver esperança - Disse eu – Sempre haverá uma luz e as coisas acabarão valendo a pena. Não é mesmo? O enorme pássaro de fogo que se dizia eterno me encarou com um olhar recriminador e me disse: É justamente esta maldita esperança que me faz renascer sempre e sempre. Dia após dia. Durante anos e séculos... E isso não é bom? Tornei a dizer. “Não!” Ela gritou. “Não! Claro que não. Sou um ser condenado a viver para sempre mesmo após a morte. Um ser que pode voar, mas em chamas. Pode falar, mas isto enlouquece seus ouvintes. Pode renascer, mas sempre em segredo... Sempre em lugares onde somente pessoas humildes existem. E é justamente por ter esperança de que esta maldição um dia acabe, que insisto em renascer... Eu morro. E durante minha morte eu sonho com a vida incontáveis vezes. E já nem sei quem sou direito e qual o sentido de tudo isso. Nem se quer, acredite, posso afirmar com toda certeza do mundo, que você ‘existe’ e ‘está’ ai a me ouvir.” Claro que estou aqui. Disse eu para ela. Mas não adiantava... - Minhas penas ardem e se queimam até me matarem. – Ela bicou-se e me ofereceu uma de suas penas luminosas. “É mesmo? E onde está a tal pena deste pássaro de fogo?” Perguntou alguém. “Já mostro, assim que terminar de contar o que ela me disse...” - E quando não há mais nada para queimar, elas viram cinza. Continuou ela. E destas cinzas eu renasço. E lembrando de tudo que imaginei ao morrer. Vidas incontáveis... Não tem idéia de como é perturbador lembrar de todas as vidas que passou... Eu poderia morrer... Disse ela de repente, parecendo mais calma. Mas isso me condenaria a ignorância completa, e trabalhei muito para ter o conhecimento que carrego. Não posso deixar isso simplesmente. Por que não? Perguntei. Ora. Imagine se você passasse a vida inteira tentando conseguir comprar uma fazenda que lhe desse toda a felicidade do mundo e trabalho garantido. Sofresse muitas vezes para conseguir aquilo, e quando conseguisse a façanha, alguém lhe dissesse que só poderia folgar da fazenda se desistisse dela para todo o sempre? Entendo... “Que entende nada, você nem sabe quem foi seu pai!” Tornou a gritar o chato. Que desta vez recebeu um merecido ‘tapa’ na nuca para que se calasse. Entendo, mas se tudo isso a deixa triste, infeliz... Ora por que não se entrega de vez e morre para todo o sempre? Antes morta e feliz, do que viver a eternidade desta maneira ruim... Eu preferiria assim. Disse eu. “- Foi quando ela pareceu sorrir e me disse: Ora, penso também como você meu rapaz, mas eu já não lhe disse que meu problema é justamente a bendita esperança?” – Sorriu Marcelo mais uma vez para o filho. Que deitado na cama escutava tudo com bastante interesse. Tinha apenas três anos e amava contos de fada. – “Todos sorriram no final do causo contado por Joaquim, mas logo cobraram a visão da pena que ele supostamente tinha recebido da ave de fogo. Então, num lento movimento, ele a retirou do bolso do casaco velho e mostrou-a a todos que a quisessem por os olhos. No entanto, a decepção foi tudo o que receberam... Não passava de uma pena da calda de pavão. Sendo assim, ouvindo impropérios, viu todos irem embora com ares de desapontamento. Ele se levantou lentamente e enfiou a mão no bolso de volta. Acariciando seu mais novo suvenir. Ninguém sabia dizer se a estória era real, mas alguns juram de pé junto até hoje, que a coisa que ele guardava no bolso brilhava no escuro como uma vela, e podia se notar o brilho mesmo escondido no fundo do casaco de Joaquim.”. - Fim! – Terminou Marcelo, apagando a luz do abajur de Nilo. – Por hoje chega. Se contente com um pouco de cada vez, você ai. Durma bem... Talvez, Marcelo gostava de acreditar, com estes contos fez com que seu Nilo perdesse de vez o medo, que nunca chegou a ter de fato, do escuro.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Um Conto se Pá, dá Pra catá!

Trecho do primeiro capítulo de um conto... ''Nilo'' "...Trovões e relâmpagos cintilavam e rasgavam os nevoeiros alados. Aquelas embarcações de idéias que navegam pelos céus... Nuvens densas e pesadas ameaçavam as cidades abaixo com uma torrente de água fria. Elas queriam lavar o mundo com o que podiam seus corpos amorfos e quase descontrolados. Não podiam dizer uma palavra se quer. Não podiam dizer o quanto eram reais, o quanto elas sabiam sobre os segredos mais sagrados entre o firmamento eterno e a mortalidade da terra viva. Mafalda olhava para o céu chuvoso e escuro. Ela tentava entender o que seu filho, com agora um ano e seis meses, pensava ver ali entre as nuvens. Perto da janela, ele, sentado na cadeirinha de bebê, sorria e olhava com atenção quase amadurecida para o céu através da janela. Ainda não chovia. Erguia a mãozinha como se quisesse pegar algo tangível, mas invisível para os olhos céticos de sua mãe, que tentava acompanhar sua vista e nada via além dos clarões incessantes no céu. Ele sorria. Ela acompanhava seu sorriso achando graça. Ele balbuciava. Ela lhe falava coisas sem sentido e que pareciam agradar Nilo. Ele a ignorava. Ela lhe dispensava toda a atenção possível acompanhado de um olhar de ternura pura, mas amarga... Um raio seguido por um ruidoso trovão parou o ar lá fora a assustando. Depois de recuperar sua atenção, tornou a encarar seu filho, e reparou que ele nem piscara. Sequer desviara o olhar para procurar seus cuidados. Nilo olhava para o céu como se aquilo fosse a única coisa visível para seus olhinhos espertos. Mafalda sentou-se ao lado, num sofá confortável para que pudesse descansar suas pernas e ficar numa posição melhor ao acariciar seu filho. Aquele jovem ser que parecia ignorá-la. Nada lhe fazia desviar o olhar para ela. Nada. Ela então girou a cadeirinha e colocou-o de frente pra ela. Tentou sorrir para ele... para que ele ao menos a notasse ali. Era sua mãe, ele seu filho. Nilo lhe devolveu o sorriso, mas logo então, tornou a procurar as formas nebulosas lá fora. - Chuva? – Perguntou Mafalda pra ele, ainda sorrindo. Tinha que cativa-lo. Tinha. Era seu direito, como mãe. Era seu direito. Ele devia amá-la como... Como uma mãe. Um filho que a reconhece logo ao nascer... Não era assim? Não era assim que sempre sonhara e como sempre lhe disseram ser? No entanto... - Não posso pensar estas coisas... – Se recriminou em voz alta. Era só um bebê que ainda não sabia a diferença do ser e não ser. Sabia que estava sendo injusta, mesmo assim insistia em lhe chamar a atenção. Viu o mordedouro para bebês acima da mesa, que estava próxima a eles. Pegou e ofereceu para o menino. Ele pegou, mas logo deixou cair assim que tentou alcançar o ‘lá-fora’. Apanhou o objeto de borracha do chão e tentou dá-lhe mais uma vez. Nada. Nilo tornou a jogar o objeto no chão. Desta vez Mafalda descansou a coisa na mesa. - Mas o que é que você tanto quer lá fora? – Ela se levantou e espiou o céu nublado. Havia um buraco entre as negras nuvens. Havia uma falha naquele imenso negrume, uma única parte sem nuvens que deixava o céu azul atrás, límpido, visível. - Então é isso!? – Ela perguntou feliz para Nilo que sorria alegre com aquilo. Isso lhe encheu de certa felicidade. Era muito bom ver que seu menino gostava da luz. Da luz. Sempre da luz. Por mais que fosse um comportamento estranho para um bebê daquela idade, ela gostou de ver que Nilo se fascinava pela luz. Já havia notado o quanto aquele garoto gostava de luminosidade, e rezava para que não crescesse com medo do escuro. Suspirou e se retirou para a cozinha. Estava na hora de dormir, arrumaria a mamadeira de Nilo e o levaria em seguida a seu quarto. Para o berço ao lado de sua cama. Logo o pai chegaria cansado... Brincariam uns poucos minutinhos com Nilo, e tombaria exausto na cama ao seu lado. - Já volto bebê. – Disse ela carinhosamente já na cozinha. – logo seu pai chega pra brincar com você. – Terminou abrindo a geladeira. - Papá! – Murmurou Nilo. - Sim! – Abriu-se num sorriso Mafalda ao ouvir seu filho lhe remedar. – Papá vai chegar. - Papá. – Repetiu Nilo. Mafalda sorria contente. Em fim, ele a notara. No entanto, não era a verdade. Nilo dizia ‘papá’, mas apontava para o céu. E lá no alto. As nuvens davam forma a sua imaginação infantil. Ele via coisas ali. O que quisesse imaginar. Havia grandes ‘blugondigues’, ‘pocos’, ‘au-aus’ e ‘milos’. Entre outros seres menos desconhecidos desta realidade. Mas o que ele via e prestava toda sua atenção era no que brilhava. Naquele de que se dispunha de cores. Naquele que sorria para ele de volta. Naquele que sua mãe confundira com um buraco no céu, porque sua mente não conseguira assimilar. Lá. No céu. Mesmo antes das nuvens negras se formarem, ele o viu pela primeira vez. - Olá Nilo! – Soou aquela voz densa e quente como a de sua mãe, assim que nasceu. Mas aquela voz era grave e imponente. – Como está meu filho? Nilo sorriu assim que o viu. Sua mãe não o ouvia. - Então... – Tornou dizer ele, que não parecia querer ser visto, mas Nilo sabia que ali atrás das nuvens estava a se esconder de seus olhos. – Então você está ai. Limpo mais uma vez e feliz de estar onde outrora não quisera, e só depois de convencê-lo... Concordara em voltar... Há! – Riu aquele ser. – É preciso pela última vez, como bem sabe. Nilo sorriu em concordância, enquanto sua mãe lhe tentava chamar a atenção. - Última vez. – Tornou a dizer o ser que se escondia entre as nuvens que já despontavam carregadas. – Não vou lhe abandonar em nenhum instante. E lhe ajudarei no que precisar e da maneira que for preciso. Sem desistir de você um só instante. Um só momento. Como bem deve saber, no coração, eu serei fiel a tudo que quiser. Serei sua sanidade com o cosmo. Serei para você como uma segunda consciência. Ser-lhe-ei a razão e a aparente falta dela. Vou lhe guiar por este labirinto. Vou lhe mostrar o caminho mesmo que não o queira, por assim dizer... Pois não vou mentir. Você viverá num mundo de mentiras variadas e lógicas. Verá e escutará insanidades deliciosas e convincentes. Ouvirá sandices. Viverá melodramas paralelos a sua busca. Enganar-se-á com tudo. Consigo, com eles e comigo. Cairá em tentações. Dirá teorias geniais aos cães e enganará aos homens. Terá felicidades sofridas e tristezas prazerosas. Dor. Pena. Fé. Saudade. Amor. Ódio... Não preciso continuar... Sabe bem do que falo. Sabe bem do que deixei de falar. Sabe bem o que pode existir. Sabe bem que tentarão lhe provar... Você sabe, pois é cria daquele que tudo o sabe... Vou-me, mas ainda nos veremos muitas vezes até o dia da compreensão final. E dando um aceno, Nilo se despediu daqueles olhos brilhantes lá de cima... Nilo sorria e acenava. E sua mãe não o via de maneira alguma... Tentou entretê-lo com um objeto de morder. Tentou afasta-lo dali... Ela não entendia. Logo Mafalda se afastou e disse que seu pai chegaria... Sim. Ele sabia disso... Seu pai estava ali encima. Ele tornou a apontá-lo e o chamou. Papá. E antes que a chuva desabasse e o buraco no céu desse lugar às nuvens escuras, Nilo teve um rápido vislumbre do eterno ser que o cuidava. Um colossal rosto enrugado como o de um chimpanzé o espiou por um segundo perfeito antes de desaparecer. Olhos grandes e gentis. Pareciam sorrir. Pêlos dourados com a luz do sol. Uma espiada veloz pelo buraco. Mas foi o suficiente para que Nilo se sobressaltasse em seu acento de bebê e disparasse numa risada. Seu coraçãozinho disparou. Nada de ruim. Era a primeira sensação de felicidade e compreensão de que ele tivera acesso. Mafalda lhe ofereceu a mamadeira com chocolate quente e o levou no colo até seu berço e antes que seu pai chegasse já estava dormindo profundamente como um anjo. Doce quente acalma a toda a gente..."

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA ENTENDER ESTE "BLOG"

Um pouco do que você precisa saber para ler esse BLOG:


Postagem Original:no link abaixo


http://suzobianco.blogspot.com/2011/03/explicando-o-blog-visualizando-parte-do.html


Sobre As Cores: Poderia dizer muito sobre isso, porém tenho que me conter no foco destas necessárias (ou não) explicações. É bem possível que a maioria saiba muito sobre a Luz. A famosa luz solar que a todos nós ilumina. A bem conhecida luminosidade solar quase totalmente invisível; e só não o é completamente, porque podemos enxergar ou reconhecer uma minúscula fração que chamamos de espectro luminoso. Ou as sete cores. Violeta, anil, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho (e seus tons), o branco luz é a junção delas e o negro a ausência. Esta pequena faixa reconhecível, pelos olhos, da luz solar nos dá a possibilidade de, quando refletidas pela matéria ao nosso redor e bem captadas pelo nosso sistema ocular, ver. Bem... Ver aquilo que nossa mente consegue perceber e conceber, mas isso seria outra história. Dessa maneira, este Blog usa dessa variação do espectro de maneira clara, dando a entender a presença constante desta limitação de nossa captação da luz. Embora possa parecer bonito, o uso das cores sobre o fundo negro, ou escuro, metaforiza a habilidade de nossa mente conceber formas e formular informações, por mais que pareçam de início desconexas, usando apenas uma limitada informação luminosa, ou noção divina ou dê-se o nome que quiserem a essa condição. O importante é que a verdadeira informação sempre nos parece oculta. O que vemos é sempre uma pequena parcela do que, de fato, pode existir no Universo ao nosso redor, em todos os sentidos, conforme o que procuramos saber a respeito dele (ou nós).


Não há enigmas para a curiosidade...


"Os Poemas": Entenda-os ou deixe-os. Qual seria a graça se tivesse que explicar cada um a todos? Podem parecer óbvios, para a maioria, os recursos usados nos poemas e demais textos, mas deve-se levar em consideração a dificuldade de entendimento para outros tantos leitores. Então eis explicações nesses e nestes tópicos. Espero mesmo que facilite a interpretação e a compreensão do blog após esses textos ‘Sobre o Blog’.


Os Desenhos: Nem toda sensação é possível de ser descrita. Não com minha atual habilidade, então, as desenho. Algumas personagens são pertencentes aos meus contos, outras, apenas ilustrações, ou representações, de forças invisíveis, fora da gama de cor visível já citada.

Duendes, fadas e outros seres “mágicos”: Alusão aos tipos diferentes de viventes do mundo. Isso pode incluir desde o(s) humano(s) e sua variada gama de personagens, como animais, plantas e outras formas de vida. Todas possuidoras de divindade consciente, isto é, formas diferentes de manifestação inteligente do cosmo aqui na Terra. São usadas essas nomenclaturas para homenagear as antigas lendas e ao mesmo tempo justificá-las da maneira mais lógica possível. Também serve de crítica à maneira displicente dos "humanos" se julgarem únicas formas inteligentes do planeta. Algo que pessoalmente não acredito. Cada ser com seu grau de percepção e contenção de sabedoria cósmica. Ninguém é mais ou menos que ninguém, o que muda, em minha opinião, é a forma e o tipo, não a importância. E quando digo alguém, ou ninguém, digo me referindo a ‘todos nós viventes da Terra’.




Fim da primeira "explicação".

Próximos assuntos a serem abordados:


Magia.

Religião e crenças.

Cartas Mágicas.

Fábulas.

Inspiração.

Temática.

E mais...


Sobre este Blog – Parte 2


Magia: Existem muitos conceitos sobre o que é Magia. Entretanto deve se considerar um único, pelo menos, ao que diz respeito a esse Blog. Entenda-se por magia toda forma inteligente e lógica de perceber, interpretar, conceber ou manipular qualquer tipo de informação, seja essa visual, textual, social, musical, oral, carnal*... A arte, no caso, em si mesma, concebe-se como um ato mágico, pois se estabelece como força mágica real devido à capacidade dinâmica de transformar uma ideia, ou a subjetividade, em algo absorvível por quase todos por uma estreita interpretação, funcionando como um funil, ou melhor, como um telescópio que com sua combinação de lentes permite acesso a uma gama imensa de informação (ou perspectiva dessa) vista apenas de um ponto minúsculo, isso funciona mesmo aos menos atentos. Isso seria, nesse caso, uma réplica da atitude universal, a de se auto-afirmar real, mesmo em sua aparente caótica 'organização' individual. O ego. Toda concepção e aceitação dessa ideia primária, ou fundamentada em princípios lógicos e antigos impostos (ou não), podem ser consideradas, aqui, magia. A habilidade de se ver, ou se entender, parte da energia universal também é magia. Real e palpável. Para muitos que assim o fazem podem se afirmar possuidores de um campo de proteção mágica, ou círculo arcano. (energia proveniente do Sol). Mas a maioria prefere dar para essa habilidade o nome de ‘conhecimento’, que pode ser específico dependendo do propósito. Exemplo: Para cada tipo de assunto existe uma variada carga de informação, algumas verdadeiras, outras longe disso. Dessa maneira quanto mais conhecimento a respeito de um determinado assunto alguém tiver, maior vai ser o poder de seu círculo de proteção mágica, que repelirá as forças provenientes da ignorância, ou trevas, para os mais “encantados” (matérias de baixa vibração). A luz do conhecimento (também real como sendo parte da mesma luz solar citada antes, porém invisível) é que alimenta, ou dá forma e substância, a esses campos mágicos, como supracitado anteriormente...



Religião e Crenças: Esse Blog não se trata de doutrina religiosa ou de alguma ‘crença’ baseada em mitos. Nem de algum pretencioso e equivocado conceito "científico". O intuito é simples: expandir, compartilhar e desconcentrar conhecimento. Dar a possibilidade para todos de pensar a respeito de tudo. E guiar esses pensamentos e ideias para a Luz. Para a reconstrução do mundo real e livre da escravidão imposta por aqueles que, ironicamente com atos estúpidos e mesquinhos, dizem-se senhores e donos do mundo. Quero com esse Blog, criar um canal de sintonia com todos aqueles que buscam no estudo e na investigação intrínseca a resposta para suas dúvidas. Sem dogmas e preconceitos. Sem justificativas adquiridas, ou impostas, pelos devidos ancestrais (que, na esmagadora maioria das vezes, sem saberem também estão dormindo num mundo de inverdades e enganos). É sabido, pelos sabidos, que quase nada em todas as religiões de massa é sustentável pela lógica-emocional, no entanto, poucos sabem que mesmo assim, essas mesmas religiões e crenças, possuem bases filosóficas autênticas e verdadeiras, ora se não mora aí o poder das mesmas de conquistar o coração da multidão. A questão é: O que procura o indivíduo? Deus? A verdade universal? Riqueza? Respostas? O que ele deseja, é ele mesmo que o deseja? Como poderia um recém-nascido julgar o mundo ao seu redor? E como ele seria capaz de ter ciência de sua prisão se se nascesse em uma titânica cela, uma que possuísse grades, na cabeça de cada criatura complacente da Terra? Bem, isso seria um assunto extenso demais para essa ocasião, então devo me centrar no propósito desse texto, falar somente a respeito da filosofia desse Blog, de maneira mais sucinta possível. Deus possui várias definições, mas iremos considerar ‘Deus’ como sendo o nome dado à inteligência cósmica/universal. Pensando assim, pretendo respeitar e levar em consideração o maior número de concepções religiosas, e filosóficas, possível dentro da minha, ou nossa, capacidade intelectual. Não quero e nem pretendo ofender ou questionar seja qual for a religião ou filosofia científica, pelo contrário, me parece cabível justamente a união sensata dessas ideias humanas. É possível e sensato conceber, ou entender (-se) o Universo/Cosmo de maneira ‘religiosamente científica’, ou, ‘cientificamente religiosa’. Ao mesmo tempo, não sendo nenhuma dessas. Magia? Bruxaria proibida? Não mesmo, creio. Conhecimento antigo, e antigo o bastante para ter tanto conhecimento. Você encontra dois homens sabidamente bondosos, um é velho, o outro uma criança, ambas lhe dizem sobre o mundo todo que conheceu, e como funciona... Você seguiria a quem? A religião antiga não é uma religião, e nem mesmo uma ciência, é um fato. É a transmissão de conhecimento certo. Sem dúvidas ou alegorias. ‘Tudo é luz’, segundo conceitos mais atuais da ciência contemporânea. Também possível de se afirmar o mesmo na maioria dos seguimentos religiosos; ‘Deus é Luz’... Ou a Luz a materialização de sua/Sua ideia, penso eu, e outros comigo. Uma ideia, em minha opinião, completamente concebível e lógica. Sem ferir minha inteligência ou fé. E é sobre esses conceitos que a maioria dos meus textos diz respeito em partes...


Cartas Mágicas: São escritos/textos metafóricos. Cartas do ser interior do escritor destinadas para o ser interior do leitor, ou para um ser imaginário capaz de compreender o lamento. Por isso o pseudônimo Rumplestiltskin (Rumpel)... Algo difícil de ler e compreender, nome, também, de uma personagem de contos de fada. Assim, faço alusão à injusta fama que a magia verdadeira tem no mundo atual, a de algo inexistente e irreal, quase sempre associada a poderes escabrosos e imaginativos como: Levitação, tele-cinese, leitura de mente, previsão do futuro, bolas de fogo expelidas pelas mãos de “bruxos” e “magos”... A variedade é enorme. Isso tudo só tem um único objetivo: Difamar e desacreditar a Magia. Desviar a atenção das pessoas para outros valores, dessa forma, conquistá-las. Quando alguém acredita, por exemplo, no valor monetário de uma moeda corrente, ela está sob o poder mágico daquele mesmo artefato. Explicando: O poder do dinheiro está, e mora, no conceito ou na possibilidade do seu ‘possuidor’ de conseguir o que deseja. O desejo particular, ou comunitário, dá poder ao artefato, isto é, quanto mais moeda um indivíduo tiver, maior a possibilidade de adquirir o que deseja e quanto mais gente acreditar nesse poder, mais ele se torna real. Porém essa lei só funciona se a maioria aceitar o conceito, onde o verdadeiro beneficiado é o produtor, ou mantenedor, do sistema monetário e da ideia do mesmo. Ele mesmo não faz uso dessas regras, seu poder está além do 'poder monetário'. Percebe-se? Ainda falamos de Magia. Real. Verdadeira e ainda presente na vida da maioria das pessoas no mundo inteiro. Por isso prega-se tanto a sua inexistência. As cartas mágicas tratam desse conceito...



Fábulas: A maioria dos textos, ou contos, que produzo usa do recurso fabuloso. A figuração animal das atitudes, ou da perspectiva humana dos fatos, ajuda a transcrever assuntos que seriam mais difíceis de serem abordados de outra forma. É mais fácil admitir semelhança no comportamento do Tio Patinhas (Disney) do que no de Kane (The Citizen Kane – O Cidadão Kane), por exemplo. É claro a dificuldade que podemos ter em assumir nossos defeitos quando nos são apontados ou citados. Por isso o recurso da Fábula.


Fim da segunda "explicação".



Próximos assuntos a serem abordados:


Inspiração.

Temática.

Público Alvo.

“Verdades de Massa”.


...

Sobre este Blog – Parte 3


Inspiração: O que seria de fato isso? A Inspiração. De fato seria a habilidade de criar? Seria mesmo o universo fruto de uma auto-inspiração divina? Pode ser... Por que não? Ou mais: Por que sim? Bem, o fato é: muitos de nós possuímos a prática de usar essa força para re/criar. Porém, dizem os físicos e cientistas; nada se cria ou se perde no universo, tudo se transforma. Foi uma boa dica deles para os inertes. Mas nenhuma novidade para aqueles que, há milhares de anos antes, já viviam esse conceito, antes da 'ciência', propriamente dita, instalara-se no coração de muitos. Aceito essa ideia. A inspiração então, a meu ver, seria uma espécie de autoconhecimento (levando em consideração os conceitos já citados anteriormente) e a habilidade de compartilhar isso. Seria também, em mesmo grau, a habilidade de notar formas variadas de expressar uma determinada ideia. Isto é, uma mesma forma infinitamente copiada em tudo no Cosmo/Universo. ‘Auto-criação e auto-percepção’. Ver a mesma coisa de variadas maneiras. Cada maneira diferente deriva de uma determinada inspiração. Ou conceito original. E essa determinada coisa, também varia, dependendo do conceito ou da nomenclatura. Acredito que ideias são feitas, ou existem, para serem mesmo difundidas, não retidas por um único indivíduo...


Temática: O mundo que se faz Oculto para muitos que o querem assim. Invisível. Se isso é bom ou ruim, não é a questão. A questão é: muitos dos males da humanidade são provenientes da ignorância, da má interpretação do sentimento do Amor e da difamada ou mal usada informação Solar. Exemplo: O Sol não é só uma estrela. O Sol é A Estrela. E Sua Luz nos é fonte de vida (em muitos sentidos), algo que nos possibilita todas nossas divagações sobre tudo. E isso é Divino, e algo que nos possibilita isso, não é menos do que Divino. Ou, Deus em uma forma “individualizada”. Somos diretamente e indiretamente, literalmente e poeticamente, filhos Dele. Somos parte dele, sentimos e existimos com ele. Vestígios estrelar, no caso, fagulhas do Sol em evolução de consciência. Admito, no entanto, como isso pode soar aos ouvidos, ou mente. (dogmática sem perceber) Certo? Como se conceber filho do Sol?

Nota-se? Isso é Magia. A maneira como ver as coisas pode nos levar de um mundo cruel e cinza para um mundo de amor e cores. Todas elas. Entre tanto, infelizmente, isso não nos protege da perversidade daqueles que vagam meio às sombras, ou às trevas. Ainda assim podemos estar sujeitos a ações de indivíduos ignorantes ou malignos. Porém, cada um de nós tem a responsabilidade de combater o escuro engolidor de luz. Ou lutar contra a ignorância e falta de educação, entende-se aqui educação no sentido puro e mais abrangente. Um dos objetivos desse Blog (agora revelado não tão comum assim) é justamente isso. Combater a ignorância e lutar contra a manutenção dessa mesma...

Público Alvo: Esse Blog tem como público alvo todo aquele de mente aberta às novas possibilidades, espíritos inquietos com a dúvida, ou até mesmo, com as aparentes certezas. Isso incluindo a mim mesmo. O ato de compartilhar minhas conjecturas com outras pessoas só aumenta a possibilidade de eu adquirir ainda mais conhecimento. Aprender é pra mim algo prazeroso e viciante. E passar as informações adiante é algo satisfatório e empolgante. Acredito que pra maioria das pessoas é dessa mesma maneira, embora nem todos possuam a paciência necessária para a tarefa. E isso não significa desinteresse, é apenas comodidade, isso sim deve ser combatido, pois quem se acomoda numa ideia se nega a possibilidade de evoluir intelectualmente. Para um bom caçador de informação, tudo, ou quase tudo, é questionável. Aquele que aceita uma informação sem questioná-la é um animal adestrado, não, educado. Imagino eu. Como qualquer músculo nos possibilita, e é feito, para nos permitir a locomoção e articulação, o cérebro também tem seu propósito, e não usá-lo, inteiramente, ou é um erro ou uma desfeita...



“Verdades de Massa”: Esse espaço, que tenho para expressar minhas ideias e conceitos - através de poemas, contos, frases e ilustrações - permite-me tentar desmascarar algumas “verdades” difundidas na população. Exemplo: O Trabalho é algo árduo, mas necessário. Bem, não é bem assim. O trabalho é a ação de produção ou manutenção de algo útil ou funcional, não necessariamente pesado e sofrido, pelo contrário, um trabalho legítimo deve ser feito com entusiasmo e amor pelo feito. Dessa maneira, um determinado médico opera pelo o amor e credibilidade de sua vontade de fazê-lo. Alguém que o faz apenas por pressão financeira, familiar ou social é capaz de esquecer uma tesoura dentro do paciente. Perdoem-me a associação, mas espero que entendam o que quero dizer. Ainda nesse assunto, muitos acreditam que trabalho tem de ser necessariamente algo lucrativo* (considerando os atuais valores difundidos) ou feito em ambiente comunitário e hierárquico. Também uma ideia falsa, e mesmo assim, imensamente difundida. Por quê? Ora, o que seria do Sistema Social contemporâneo se a maioria das pessoas pensasse diferente? Caos. Eis a necessidade de fazer com que todos acreditem na necessidade do salário pago por alguém que se autodenomina Patrão ou Chefe. O triste disso é que essa maneira de pensar impulsiona a pessoa a adotar uma postura agressiva e desonesta, por questão de sobrevivência e ascensão financeira. Isso é um dos vários fatores que disseminam a infelicidade comum. Existem ainda outras muitas, do que chamo: “verdades de massa”. E quase todas elas são difundias pela maioria, ingênua, e implantadas por aqueles que se beneficiam dessa e daquelas ideias.



Quase ficção, neh?


Atenciosamente
Suzo Bianco




Obs.: Alguns textos podem apresentar desacordo com a norma padrão recente da língua portuguesa, entre outras possíveis deformidades estéticas ou ocasionadas pela rápida e informal digitação. Contudo é direito prevenir o leitor ou a leitora de que tais textos foram revisados, porém foi preferível manter alguns possíveis “erros” (segundo a gramática normativa) com o 'intuito' de preservar o caráter poético e efêmero dos textos, sendo esse objetivo mais verdadeiro do que outro que possa envolver os termos e/ou normas da gramática atual. Espero que compreendam e não se assustem, pois tais “verrugas” nessas ‘faces letradas’ não são muitas, e quase sempre imperceptíveis. Um abraço sincero, e meu muito obrigado por ceder um pouco de seu tempo para a poesia e para os poemas de minha autoria.” S.Bianco.


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